quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Do amor pro micro.

Não nos vemos á três anos mais ou menos, mas o micro nos une.

Acredito que seja um amor diferente de qualquer um que eu sinta. Não tem abraço, não tem pele que nos aqueça pra dividir as emoções do dia-dia.E como pode haver amor assim tão ausente?!Nesses anos acabei criando uma morada diferente de todos presentes em mim, nela fujo de qualquer dor e problema, nela que eu expresso minhas alegrias, minha paz, nela esta todo o meu conforto, tudo isso através de um micro.Ela é minha morada, meu lar...
Acho que a melhor forma de demonstra o amor á alguém é usando todo ele e a criatividade, e enquanto a ausência de criatividade estiver por aqui, digito!

Foi pouco o que eu disse perto do que eu sinto por você,Mirella!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Mas há a vida - Clarice Lispector

"Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida,
há o amor.
Que tem que ser vivido
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata."


Intensamente vivo a vida
com amor, até a ultima gota.
Amo com medo,
e morro.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mulheres pimentas

Não me surpreendo com aquela mulher, de uns tempos pra cá seu cabelo cor terra sofreu mudanças radicais em busca de uma identidade.
Não vejo quietude em seus passos, vejo a pressa de quem tem pressa de chegar.Ela não se importa de ser assim explosiva, eu a amo demais e como a amo.
Somos todas assim aqui em casa,falamos o que vem na cabeça pra depois sentir o peso do que falamos,peso esse que revela ainda mais o amor entre nós.

Conflitos internos

Depois de passar por conflitos internos cheguei a uma conclusão: preciso passar por isso mais e mais vezes pra que eu chegue a algum lugar.
Não foi fácil, a bipolaridade reinou em mim durante um bom tempo, a falta de controle com as emoções, a inquietude constante quase me levou ao caos.Não tive controle de absolutamente nada, a única coisa que se manteve estável foi à força de continuar.
Por dias as pessoas tiveram que agüentar o sorriso e a cara fechada de um bipolar, posso estar exagerando ao falar em bipolaridade, mas confesso que me senti uma perfeita bipolar, rs.
De uma certa forma esses conflitos internos me levaram a decisões radicais ou apenas pensamentos.Aos poucos consegui o controle emocional, consegui perceber o que estava acontecendo.
No meio dessa desordem obtive uma sensibilidade incrível, talvez essa que eu precisava para sentir o próximo, ou até mesmo a mim.Poder sentir a sua própria dor é talvez assistir seu próprio filme sem manifestar qualquer sentimento, sentir o próximo é entrar em sintonia com o mundo das cores onde preto e branco é passado.
Creio eu que toda desordem provem de uma ordem esquecida, da qual devo policiar constantemente e assim manter tudo sólido,mas ainda sei que isso é só o começo de muitas transformações.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Paco de Lucía e Concierto de Aranjuez

Abaixo um vídeo de Paco de Lucia,junto a Orquestra de Cadaques,gravado em 1991 ,peça de Joaquim Rodrigo: Concierto de Aranjuez.

Feche os olhos e sinta,o que não importa! ;)



sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Esse mar de mesmice, e a vida uma rotina sem fim.

Direita, esquerda, atrás e na frente, os rostos são de acordo com o tempo. Se há sol um sorriso, se chuva uma lágrima,vai ser sempre assim,a mesmice desse mar,dessa massa que respira,das cores que perderam o brilho,essa massa presente e um só reflexo.
Espero noticias ,espero criatividade ,espero a união do mundo e a diversidade das pessoas, ...Por isso não existo.
Se algum dia existi foi porque aconteceu,foi porque eu tive o prazer de estar ,de ser,de viver,se não, estou presa em mim,por mim.
Me desculpe se o amor por aqui acabou,ficou na mesmice,foi comodo , deixei de ser quando o tudo nada mais era,decuple-me pela ausência ,sinto que a viagem está por dentro e assim quando voltar lhe darei o prazer de existir.Assim você será a direita ,esquerda,atrás e a frente dos olhos de quem vê,assim todos nós seremos,quando pararmos de navegar na mesmice desse mar.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sobre a morte?

A morte precisa de uma desculpa:óbvia ou banal

domingo, 22 de novembro de 2009

Quando Ela Dança

"Quando ela dança
Se livra da máscara mundana,
Deixa para trás seus sapatos,seus compromissos e suas preocupações
Desliza para dentro do veludo e da exaltação
e deixa sua pele envolvê-la gentilmente,
Como uma luva sobre sua alma.

Quando ela dança
Fecha o exterior,
Abre o interior,
remove tudo aquilo que é estático
E a dança simplesmente vem.

Quando ela dança
Ela viaja,
Volta para os penhascos de Malta ou Creta,
Para os anéis das pedras druidas,
Ou para a caravana que encontra uma caldeira,
Onde o círculo das irmãs que dançam
E o braço dos largos da Terra
Embalam-na carinhosamente de volta para casa.

Quando ela dança
Alimenta-se dos valores,guardados por séculos
Nas tumbas lacradas das sacerdotisas e rainhas.
Pois a ira e a majestade sensual e vibrante dessas mulheres deve vir à tona dentro dela,
Ela não sebe.Só sabe que sente assim quando dança.

Quando ela dança,as vezes o passado se une ao futuro,
E tudo que importa é o momento presente,que parece abranger todos os tempos.
Cada passo toma-se uma rede,na qual captura sua vida,
e a ilumina para que os outros possam ver,
Depois a deixar ir como um sonho.

É verdade que geralmente,quando ela dança,
Ela mostra cada parte de sua história
Mas outras vezes,quando ela dança,
Sua história desaparece.
Ela é qualquer pessoa que queria se quando dança.

Quando ela dança,
E os dias passam sem celebração,
Forma-se uma crosta,
Cresce uma aresta e
Ela fica impaciente com os outros e consigo mesma.
Mas quando ela dança novamente ,volta para o templo.
A pressão volta ao normal e ela sorri.

Se olhar bem de perto é difícil dizer
Se ela é jovem ,velha ou meia idade.
Ela não tem idade específica,
Mas é a eterna donzela,
No corpo de uma mãe,
Com a alma de uma mulher sábia
E ela permitirá que você a veja por dentro
Quando ela dança."

texto: Karen Andes

sábado, 21 de novembro de 2009

Papel e Lápis

Problemas pra dormir está noite,a Tv não presta,as pessoas estão nos bares e só me resta papel,lápis e minha dor de cabeça.
Meu pai está ausente,daqui algumas horas estará de volta,não há remédio na casa.No porão há livros,há silêncio.Tem luz,incenso aceso,objetos parados,o único a se mover é o lápis sobre o papel.
São 23hrs,daqui à pouco o sorriso chega,equanto isso só há dor.Dor de cabeça!
Dos livros posso comentar,são diversos e o silêncio permanece.
Já fumei,comi besteira,escutei alguns mantras,deitei no sofá,e meus amigos estão no bar.
No bar não tem silêncio mas tem bebida,tem moçada agitada,tem desabafo...Na rua tem gente,tem os carros...Aqui tem lápis e papel e o silêncio e a espera do sorriso.
Lá fora tem moçada agitada,aqui tem uma moça cançada e com dor.Aqui dentro tenho papel e lápis.
O sorriso chegou,abandono o lápis sobre a mesa.Sim meu pai chegou!A moçada não vai embora,são 23hrs58min.

sábado, 31 de outubro de 2009

Vivian

"Os olhos verdes que não puxaram a seus pais
Perninhas grossas no molde bem-feito da mãe
No mês de maio entre as flores nasceu ViVian
Em casa seu nome é "pipoca"
De tanto aprontar
Talvez muito dengo da vó e do Beto
Só quer a quentura do peito e do braço da mãe
ViVian!
Antes de ser batizada sorri para os anjos do céu
Do céu, da sua boca pequena
Com cheiro de flor igualzinha ao pai
da Vivian!
Fica zarolha olhando,
Aprendendo o que olhar
Fralda borrada, uma outra golfada
e um gargalhar...
Riso banguelo e eu me acabo de lhe amar

ViVian! oohh ViVian. "



Ao ler essa Poesia de Raul Seixas me arrepiei...está certo que não tenho olhos verdes e não nasci no mês de Maio(rs),mas foi como se a poesia entrasse dentro de mim,foi como se meu pai a tivesse feito pra mim.
Obs:Se não me engano esse poema é dedicado a filha dele(Vivian)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DV-Dança do Ventre


Não sou bailarina profissional, pratico a modalidade à quase dois anos.Sei que o fato de me considerar uma bailarina me exige muito (afinal quando falamos de bailarinas já imaginamos anos de estrada),porém se eu me considerasse uma “dançarina” estaria meio que desprezando todo o meu estudo,estudo que eu posso dizer que não é fácil.
Pra mim é prazeroso passar horas ensaiando uma coreografia, é até prazeroso ganhar as velhas bolhas e dores musculares, afinal são as conseqüências da sua dedicação que no final sempre te levam a resultados satisfatórios.E minha paixão pela Dança do Ventre me faz passar por cima de tudo e qualquer dor.

Aqui vai um resumo sobre a Dança do Ventre:
A Dança do Ventre é uma dança de origem oriental, não se sabe ao certo onde nem quando se originou.Há diversas teorias que dizem que a dança surgiu no Antigo Egito,em rituais,cultos religiosos,onde as mulheres dançavam em reverência a deusas.(teoria mais aceita).Com movimentos ondulatórios e batidas de quadril, as mulheres reverenciavam a fertilidade, celebravam a vida (trava-se de uma dança ritualística). (Fonte:central dança do ventre)

É claro que há muito mais informações sobre, mais pretendo postar mais coisas sobre a Dança no decorrer do tempo, esse post só foi pra dar uma pequena visão sobre a origem da dança e minha dedicação.Haverá postagens que falarei mais sobre o assunto, porém meu foco e divulgar assuntos diversos...

Bjs